terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Rotulando o que não se deixa rotular




UMA MULHER DO TIPO: "... SEI LÁ."


Bem direta. Me vêem assim. Assim me ouvem e me sentem. Ou me amam ou me odeiam. Antipatizo ou simpatizo. Me enoja a hipocrisia:
 'ah...então você não é hipócrita?'...Não, eu sou 'cara-de-pau' mesmo. Acabo me tornando dramática, paranoica, crítica (não daquelas de
 'plantão'... da 'situação'. Todavia, evito críticas que desestruturam), obssessiva e voraz. Por essas e outras, me torno alvo dos críticos -
 agora, sim - de plantão e oportunistas, aqueles 'baratos', envoltos por um 'ar de sapiência' que dói nos neurônios! Mas, de fato, isso não
 me interessa e nem afeta minha rotina, substancialmente, até porque, não vivo uma rotina comum, vivo a rotina dos impetuosos, por sua própria natureza, dos que querem alcançar o infinito, onde o céu não é o limite. 


Sou romântica, até demais, às vezes, sou carente, animada, mal humorada e tenho solidão, mas não sou solitária. Posso viver uma tristeza profunda, ir até o fundo do poço, comer lama, mas, me faço ressurgir, além da lama, das cinzas, do pó, da guerra, dos 'nós'... Pra achar como me reerguer, basta estar no chão! 


Sei convencer, razoavelmente e quase sempre, sou convecida da minha generosidade e franqueza emocionais. Mas, sou muito teimosa, também. Não gosto de guerra, prefiro os bons combates, os justos combates. Não suporto que me obriguem a fazer coisas, ou que me cobrem algo. Por mais que às vezes não tenha coragem de fazê-las, noutras, vou e as faço logo. Todavia, há coisas, que faço, só quando sinto-me/sou obrigada, mesmo, pra essas coisas - outras - até agradeço que me obriguem!


Não sou feita pra que me entendam, pois nem eu me entendo. Não preciso de pena, nem de falsidade. Já me basta a 'pena' que sinto dos pobres de alma e as 'máscaras' que preciso vestir pra sobreviver a eles - às vezes, máscaras, são inevitáveis. 


Em alguns momentos, penso e sinto que não preciso de ninguém, mas acabo entendendo que isso faz parte da minha natureza metida a auto-suficiente, o que, definitivamene, não o sou. Ahaha... 


Sou complicada. Pra uns, sou execessivamente complicada, pra outros, sou só o 'normal'! Sou simples, gosto de coisas que não precisam de muita grana, para serem saboreadas e gosto de outras, que precisam de tanta grana, que até gargalho comigo mesma! Tenho uma paixão, continuada, por cães, gatos e pessoas. Sou uma mulher delicada, mas posso me tornar bem 'macho', para defender o que é meu, no exato instante... 


Sou isso e aquilo e aquilo outro. Sou tantas numa só e como uma só me reinvento em tantas. Sou uma sobrevivente que não esquece de viver! Sou dura para o que acredito, até que me provem - muito bem - o contrário. E se me provam, me reinverto, na hora.


Sou uma peça de um jogo incompleto. Sou o próprio jogo. Sou sua fôrma inacabada. Estou sendo polida. Não me julguem, me acrescentem. Estou numa fase de continuidade, estou no caminho. Sou disposta a aprender em tempo integral. Acabo de aprender mais sobre mim mesma: sou muito fácil de entender! Não sou complicada, coisa nenhuma - apesar de lá em cima ter dito que sim! Esqueci, sou relaxadamente contraditória, também. Espera... mas, sei bem quem sou, o que quero e o que não quero - neste momento. É que sou um ponto de mutação, que não cessa de laborar a impermanência adjetivada que eu contenho. Sou extensa, larga, Gosto do que tem começo, meio e fim. Mas não me desfaço das reticências! Gosto da vida e ela gosta de mim! E se você me perguntar se terminei, como devo responder?! 


Não responderei. Eu pergunto: quando terminamos? Eu não sei!


Alena Menino

2 comentários:

  1. Sem rótulos,sem mascarás,de cara e alma limpa!...eu sei que vc é ASSIM,na verdade sempre foi SIM,em personalidades diferente,mas sempre conseguiu ser ASSIM,inconstante,indecisa,mas sabe decidi na hora certa!
    Me orgulho por te la como Amiga
    E agradeço por existe na minha VIDA!

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  2. Aaaaaaaaaaaaaah que lindo sua linda te amo *-*

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